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As 5 funções essenciais em um time de Relações Governamentais e Institucionais

Confira quais são os cinco perfis principais de um bom time de Relações Institucionais e Governamentais – e qual deles você se encaixa

Publicado em:
30/8/2022
M

onitorar as atividades legislativas é seguramente um dos grandes desafios dos profissionais de Relações Institucionais e Governamentais.

Mas é um investimento que vale a pena.

Afinal, boa parte das matérias que tramitam no Congresso Nacional – ou mesmo nas assembleias legislativas e câmaras municipais – tem amplo potencial para impactar sensivelmente o negócio de sua empresa.

Além das questões setoriais, diversos temas de natureza tributária, ambiental ou trabalhista, entre outros, merecem acompanhamento. 

A chave do sucesso está em identificar, com antecedência, todo tipo de ameaça ou até mesmo de oportunidade. Para isso, é indispensável estruturar um processo de monitoramento legislativo eficiente. 

Aqui na Sigalei, nós temos nos dedicado a estudar esse assunto com profundidade. Nesse texto a seguir, nosso objetivo é ajudar a compreender como funciona um bom time de RelGov. 

Veja os cinco perfis principais e confira em qual deles você se encaixa:



1. Diretor (a)

Tudo começa, claro, com quem comanda a área institucional da companhia ou da instituição. É  o perfil de ‘Diretor (a)’ que vai formar o time do RelGov, empoderar as pessoas, entender as diretrizes do Conselho de Administração ou do(a) CEO, transformando essas linhas mestras em objetivos claros. O perfil de ‘Diretor (a)’ não só cuidará da aprovação da estratégia, mas será a liderança na gestão de temas mais críticos, avaliando propostas de correção de rumo.



2. Estrategista

É um(a) profissional multidisciplinar, com visão 360º. 

Nós batizamos de ‘Estrategista’ quem tem o papel de entender os objetivos gerais, desenhar uma matriz das frentes estratégicas e definir as ações táticas para alcançar as metas estabelecidas. 

Cabe a esse perfil, também, dar um senso de prioridade às frentes, orientando a atuação: que relacionamentos precisam ser nutridos? Quais as mensagens-chaves para cada stakeholder? E os canais de comunicação? E as metas e os prazos? 


3. Analista de Monitoramento 

Trata-se de uma figura essencial no trabalho de RelGov.

Suas funções exigem dedicação diária. Nós  chamamos de ‘Analista de Monitoramento’. Esse perfil tem o papel de identificar possíveis novas issues – ou seja, questões sensíveis que possam oferecer riscos ou oportunidades para a instituição. 

Nesse trabalho, ‘Analista de Monitoramento’ tem o dever de acompanhar as tramitações de projetos de lei e detectar novas proposições que impactem o negócio da empresa -- direta ou indiretamente. Também precisa observar a movimentação de stakeholders importantes e apontar discursos de parlamentares que afetem o setor ou representem ataques à reputação da companhia. Deve estar ligado, ainda, a qualquer ponto de inflexão que apareça no noticiário ou em posts em redes sociais. Outra tarefa é apontar agendas relevantes, como reuniões de comissões e frentes parlamentares, audiências públicas e consultas públicas.

4. Analista de Inteligência 

É quem tem o papel de avaliar os insumos gerados no monitoramento.

O papel do perfil de ‘Analista de Inteligência’ deve mergulhar no contexto, compreendendo riscos e oportunidades relacionados ao material previamente apurado. 

Basicamente, o perfil de ‘Analista de Inteligência’ precisa expandir a compreensão dos temas relevantes e os desdobramentos das questões sensíveis, que muitas vezes podem acontecer com empresas de outros setores, mas mais adiante podem até respingar na companhia.

Uma de suas funções é coletar e condensar todas as informações relacionadas a projetos de lei. É dali que ele terá elementos para extrair insights, avaliar qual é a evolução dos temas que impactam a instituição e respaldar quem tem o poder de tomada de decisão.

Esse ofício exige um olhar mais panorâmico. É necessário, por exemplo, confrontar os posicionamentos dos parlamentares, os respectivos impactos e de que modo isso afeta os stakeholders que serão determinantes para o negócio da sua instituição.

É indispensável, por fim, analisar a probabilidade de evolução de uma discussão no parlamento, principalmente com base em um contexto político que, como todos sabemos, pode facilmente mudar do dia para a noite, dependendo dos fatos.


5. Atuador (a) 

Cabe ao papel do perfil de  ‘Atuador (a)’ fazer o trabalho de campo.

É esse perfil que vai implementar a estratégia no dia a dia.

Seu papel é de promover e participar de reuniões, encontros e webinars, além de acompanhar ou falar em comissões e outros fóruns. 

Trata-se de um trabalho diário, quase diuturno, que envolve o correto registro das atividades não só para documentação (até mesmo para cumprir as indispensáveis regras de compliance), mas para conseguir medir os resultados da estratégia, em cada um dos temas prioritários. 

Essa medição abrange tanto a quantidade de reuniões participadas como a de engajamentos realizados, de stakeholders convertidos e de emendas sugeridas aprovadas.

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Esses são os cinco papéis básicos – e não há regra. 

Há instituições que contam com estruturas mais robustas  – e outras com times mais enxutos, em que uma única figura acumula mais de um papel.

De um modo ou de outro, é fato que monitorar o legislativo é uma tarefa complexa. 

Primeiramente porque a lista de temas a monitorar é imensa. Há uma infinidade de projetos de lei em tramitação em todas as casas legislativas.

Segundo: é preciso um olhar transversal com os demais poderes e qualificar as informações, acompanhando ainda a repercussão das questões na sociedade, sobretudo na Imprensa e redes sociais.

 Profissionais de RelGov que atuam junto ao C-Level também sabem o quanto é vital saber o quanto antes, o que está acontecendo para eventualmente rever as estratégias e tomar decisões. 

E esse desafio é ainda maior no Brasil.

Não é exagero. Um estudo recente, elaborado pelo consultor do Senado Clay Souza e Teles, e publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, aponta que o poder legislativo brasileiro é o que mais alterou a Constituição em comparação com outras 11 democracias ocidentais – a Carta Magna já foi modificada 131 vezes em 34 anos desde sua promulgação em 1988. 

Felizmente, hoje há tecnologia disponível, inclusive com recursos de inteligência artificial, para rapidamente compilar e organizar, de forma customizada, essas informações.

Na Sigalei fazemos esse serviço com analistas treinados e especializados.

Fale comigo para conhecer nossas soluções:

Frederico Oliveira é CEO e cofundador da Sigalei
frederico@sigalei.com.br 

Tags
Monitoramento Legislativo
RelGov
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