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10 Passos para uma Campanha de Lobby 

Confira os 10 passos essenciais para estruturar um trabalho de Relações Governamentais, neste artigo escrito por Eduardo Galvão, diretor de Relações Governamentais da consultoria BCW, professor dos MBAs de Relações Institucionais e de Políticas Públicas do Ibmec e fundador do Pensar RelGov. ‍

Publicado em:
15/9/2020
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omo seria um roteiro básico e efetivo para nortear uma campanha de lobby?

Foi com base nessa provocação que passei a organizar as ideias em torno dos 10 passos essenciais para estruturar um trabalho de Relações Governamentais.

Vocês provavelmente vão encontrar na literatura nacional e internacional alguns livros e manuais cujos autores trazem suas orientações em 5 passos, 8 passos, 10 passos.  A verdade é que (e esse é o grande barato da estratégia) não existe uma fórmula mágica ou uma solução de prateleira. 

O que eu trago neste breve artigo é um consolidado de alguns passos que considero essenciais e que são abordados de forma mais profunda na literatura especializada. Antes de tudo, quero deixar duas observações importantes.  A primeira é que o planejamento estratégico eficaz necessita ser precedido de estudo, pesquisa e análise criteriosos. A segunda observação é que, apesar desses 10 passos estarem listados de maneira linear, o que ocorre na prática é um processo cíclico em que durante uma fase de trabalho revisitamos algumas fases anteriores e antecipamos algumas posteriores.

1 - Faça um correto diagnóstico do problema público;

Antes de receitar o remédio, é preciso antes entender o que o paciente tem.  Um correto diagnóstico vai ajudar o profissional a compreender bem o que são problemas, o que são causas e o que são consequências. E com isso definir onde será mais efetivo alocar seus recursos.

2 - Defina seus objetivos alinhados com a visão de sua organização;

Para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve. Mas, quem tem bem claro seus objetivos sabe pegar a estrada certa. Entenda quais são os temas críticos relacionados a sua agenda e alinhe com os envolvidos os fundamentos, princípios e conformidade da ação.

3 - Crie alternativas de solução baseadas em evidências e análise de impacto;

A nova cultura da gestão de políticas públicas é de análise de impacto normativo. E a nova linguagem é baseada em evidências.  Você vai precisar falar a mesma língua de seu interlocutor.

4 - Defina a arena de atuação;

Cada Poder tem a sua competência normativa. Também, cada Poder tem a sua competência fiscalizadora.  E existe ainda a capacidade de influência entre e dentro deles.  O lobista sabe para onde sopram os ventos da política.

5 - Analise e monitore os issues envolvidos;

Em 20 minutos, tudo pode mudar. Num ambiente pluralista multipartidário é necessário ficar atento a cada minuto com as voltas relacionadas ao seu tema.

6 - Gerencie os riscos políticos envolvidos;

Para evitar ameaças e aproveitar oportunidades, é preciso fazer um criterioso e técnico gerenciamento do risco político. 

7 -Mapeie os stakeholders e redes de influência;

Nenhum homem é uma ilha. Identificando quem são seus possíveis aliados, é possível potencializar a sua campanha em tempo de recursos e intensidade.  Conhecendo seus adversários, é possível aparar arestas e construir soluções de consenso.

8 - Defina suas mensagens chave, meio e linguagem para cada grupo de stakeholders;

Quem não comunica se trumbica.  Storytelling se tornou uma arte poderosa quando se fala de defesa de interesse em políticas públicas.

9 - Escolha e execute seu plano de ações;

Um simples plano de ação vai te permitir resultados incríveis. Estabeleça objetivos, metas e prazos responsáveis e OKRs. E, importante, use-o como seu plano de voo. Siga-o diariamente para não desviar do caminho nem atrasar. Revise-o sempre que necessário. 

10 - Elabore seus KPIs e mostre os resultados alcançados.

Quem não mede não gerencia.  Nossa atividade de RelGov ainda não é muito bem compreendida e os resultados podem muitas vezes parecer muito abstratos. É muito importante deixar os resultados mais palpáveis para demonstrar o risco evitado e o valor agregado. Você vai se surpreender com a impressão que sua audiência vai ter ao conhecer os resultados apresentados.

Claro que esse é um roteiro básico e empírico. Um checklist de passos que considere essenciais. Veja-o como um convite para que você adapte e agregue o seu toque pessoal, baseado nos seus conhecimentos e na sua experiência.

*Eduardo Galvão é diretor de Relações Governamentais da consultoria BCW, professor dos MBAs de Relações Institucionais e de Políticas Públicas do Ibmec e fundador do Pensar RelGov.

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Lobby
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Relações Institucionais e Governamentais
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