Qual a importância de acompanhar seus temas de interesse e o que seus principais stakeholders falam nas redes sociais? Novas estratégias de relações institucionais e governamentais acontecem online e offline.
A defesa de interesses acontece dentro e fora das casas legislativas ou interagindo com o poder executivo e as redes sociais se tornam um canal cada vez mais ativo na política. Atualmente, temas que ainda não se tornaram projetos legislativos ou políticas públicas surgem através de debates ou movimentos no mundo online e a atuação do lobby e advocacy também se amplia digitalmente.
A opinião pública é comumente moldada por informações veiculadas por grandes veículos de comunicação e mídias tradicionais como jornais, rádios, televisão. Com a expansão do uso de tecnologias na era digital, a internet e redes sociais passaram a ter papel importante na disseminação de informações de forma quase instantânea e com potencial de chegar a um número muito maior de pessoas de forma muito rápida.
Hoje, através da tela de um celular e com poucos cliques é possível assinar uma petição online, mobilizar o uso de uma hashtag em prol de uma causa, compartilhar e apoiar ações políticas, acompanhar o que seu candidato eleito fala nas redes sociais, interagir e criar aproximação com público específico.
O uso de redes sociais facilita que cidadãos se aproximem e mostrem sua visão para políticos, e estes, por sua vez, estabelecem novos canais de diálogos, prestação de contas para a sociedade e debate de políticas públicas.
O uso do Twitter por políticos, por exemplo, se amplia, principalmente após observarem o potencial das redes sociais para campanhas eleitorais de baixo custo ou para aproximação de seu eleitorado antes e depois das eleições.
Para além das eleições, por meio da internet e redes sociais, o cidadão faz emergir demandas e influencia as decisões do governo e empresas. Por outro lado, governo e setor privado têm na web a oportunidade para estreitar laços com eleitores e consumidores.
As questões que preocupam a sociedade se tornam rapidamente conhecidas e criam movimentos no ciberespaço. Como por exemplo o movimento "Black Lives Matter" que impulsionou o posicionamento de diversos CEOs, empresas, organizações, governos e líderes políticos ao redor do mundo em função da urgência e pressão social sobre a temática.
Para profissionais que atuam com lobby e advocacy, a conectividade possibilitada pelas redes sociais pode reduzir o custo de ações para defender interesses diante do poder público. Além disso, o meio digital acelera o debate de temas antes mesmo de entrarem para o processo legislativo ou regulatório.
Pelo Twitter, Deputados, Senadores, Partidos e bancadas adiantam seus posicionamentos sobre assuntos que estão sendo discutidos no Congresso seguindo os trâmites processuais legislativos e assim é possível rapidamente antever os votos contra e favoráveis a um projeto de lei e, então, mapear os principais atores para traçar estratégias de engajamento com cada stakeholder identificado.
Manter acompanhando o comportamento dos principais stakeholders nas redes sociais e cruzar os dados dessas mídias com as informações rotineiras de tramitação de projetos de lei (designação de relatores, apresentação de pareceres, votos) pode ser muito significativo para ter novas variáveis que clareiam o jogo político que ocorre ao redor de uma decisão do governo ou política pública.
Verificar e entender como milhares de pessoas e organizações se posicionam e se influenciam umas às outras nas redes sociais, representa novas possibilidades para o profissional de relações institucionais e governamentais identificar riscos e oportunidades de cunho social, econômico ou político.
Compreender a sociedade no meio digital e engajar com stakeholders também de forma online implica em empresas atuarem com temas que não as impactam diretamente, mas que reforçam seu capital social e reputação com as diversas partes interessadas e impactadas por seu negócio.
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