O cenário político-regulatório brasileiro apresenta desafios dinâmicos e complexos aos profissionais de relações institucionais e governamentais. Por isso, reunimos os 6 passos que não podem faltar e ajudam a organizar uma estratégia de relações governamentais.
ara defender os interesses de uma organização, o profissional de relações governamentais ou lobista, deve estar antenado às mudanças políticas e legislativas para evitar riscos e identificar oportunidades, criar e nutrir relacionamentos, garantir participação nos debates decisórios e, ao mesmo tempo, precisa manter a ética e transparência nas relações e negociações.
O desenvolvimento das ações de relacionamento governamental exige capacidades multidisciplinares para lidar com temas diversos que ocorrem simultaneamente e envolvem uma gama variada de atores que influenciam ou tomam decisões sobre políticas públicas que podem afetar todo um setor produtivo e, certamente, geram efeitos na sociedade e economia como um todo.
Atuar neste cenário é bastante complexo e não há um padrão a seguir, mas ter uma estratégia organizada e bem planejada é muito importante para guiar as ações e acompanhar os resultados.
No primeiro passo é importante estar sempre atualizado sobre as necessidades e interesses da instituição, identificar os temas relevantes e os atores envolvidos.
É preciso estar atento às informações e mudanças ao redor do seu negócio (ambiente externo). Acompanhar o que está acontecendo nos cenários político, econômico, social e ambiental é primordial para identificar temas que podem impactar sua organização de forma positiva ou negativa.
Conhecer a fundo o negócio (o que faz, como faz, quais produtos ou serviços oferece) e o planejamento estratégico da organização (ambiente interno) dará as diretrizes para um olhar mais crítico e analítico, ponto essencial para identificar os temas do ambiente externo que são de interesse da organização.
Nesta etapa, além de identificar os temas de interesse, vale a pena ficar de olho nos atores (stakeholders) que estão falando sobre os assuntos que interessam à sua organização.
É possível criar uma tabela com os dados selecionados, utilizar alertas sobre notícias, acompanhar de redes sociais e veículos de comunicação e imprensa, além de relatórios produzidos por consultorias sobre ambiente de negócios.
Conhecendo os temas, stakeholders relacionados e interesses da organização, vamos para a segunda etapa de análise de impacto. Cada discurso, reportagem, pesquisa, opinião pública, proposições legislativas, atos de executivo, posts nas redes sociais importam, pois através de estudos mais aprofundados é possível correlacionar temas, stakeholders e interesses.
Você pode incluir estes dados em uma tabela e criar visualizações por filtros, gráficos ou matrizes. Ou criar documentos de análises mais detalhados conforme tema.
O terceiro passo permitirá entender as prioridades, planejar e traçar objetivos para tomada de decisão e atuação rápida. Após analisar o impacto relacionado aos temas, stakeholders e interesses é importante incluir uma classificação que indique a dimensão do impacto, como a organização se posicionará diante do assunto e qual a prioridade conforme a estratégia do negócio.
A classificação dos stakeholders também é importante para conhecer quem é a favor, neutro ou contra os interesses da organização.
Pode ajudar, nesta etapa, realizar um mapeamento ou matriz de stakeholders, uma matriz de impacto e posicionamento para entender quando e onde atuar, sobre qual tema e com quem interagir para atingir os objetivos conforme interesses.
No quarto passo se define um plano de ação e objetivos a serem alcançados para cada assunto ou stakeholder identificado, classificado e priorizado. É interessante criar uma agenda para atuação com cada tema e ter uma estratégia de engajamento com stakeholders.
Se incluem nesta etapa reuniões com tomadores de decisões públicas, participação de audiências e grupos de trabalho, apresentação de estudos e notas técnicas. Esta é a hora de utilizar dados e estudos para compor seus argumentos com os principais stakeholders.
O quinto passo nos lembra de sempre incluir o acompanhamento das ações para saber o quão perto ou longe está de atingir o objetivo. Ter o monitoramento das informações estruturado e sistematizado facilita a entender os caminhos trilhados para a defesa de interesses.
Você pode criar relatórios sobre status de andamento das ações da equipe de relações governamentais, relatórios de avanço das proposições no processo legislativo, resultados de votações no Congresso, resultados de eleições. Aqui vale documentar e ter um acompanhamento de tudo que gera resultado e conduz para alcançar o objetivo final.
O último passo envolve a comunicação com os stakeholders, internos (outras áreas da organização) e externos, do status das ações realizadas pela área de relações governamentais e informar os resultados obtidos.
Nesta etapa você pode compartilhar os relatórios criados no passo anterior conforme a necessidade de informação do receptor e é importante ter uma estratégia de comunicação para manter atualizado cada stakeholder envolvido com cada tema.
A Sigalei tem uma plataforma e metodologia que ajudam a organizar e sistematizar a sua estratégia de relações governamentais. Quer aprimorar sua estratégia? Fale com nossos especialistas.